terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Nunca Seduzas Um Escocês, de Maya Banks

Este é o primeiro livro de Maya Banks que eu leio e devo dizer que, para primeira experiência foi uma agradável surpresa.

Os clãs Montgomery e Armstrong estão em guerra há décadas. Depois de vários anos de luta, o rei Alexandre II decide intrometer-se na contenda e decreta o casamento entre o laird dos Montgomery, Graeme, e a filha aparentemente louca dos Armstrong: Eveline. Num casamento forçado e delicado, Graeme e Eveline têm uma tarefa árdua pela frente, com todos os intervenientes a pairar em redor do casal com intenções menos agradáveis. Graeme têm nas mãos a necessidade de manter a união do seu clã, que sente imensas reservas para com a sua esposa, ostracizando-a, e a estranha sensação de crescente amor por ela e pelo mistério da sua loucura.

Este é um romance bastante sensual, cheio de momentos de amor, com descrições bastante interessantes e que puxam pela imaginação. Mas não é apenas isto. É mais. Tem acção, intriga, um enredo interessante e que, apesar de não ser complexo, satisfez o meu gosto. Penso que, até agora, foi dos melhores do género que li...exceptuando A Conquistadora, de Teresa Medeiros, que é belíssimo.

As personagens estão bem construídas, fundamentadas, realistas, interessantes e com humor. Eveline e Graeme fazem um par muito engraçado, bem como as relações entre os familiares das duas famílias.

A contextualização também está boa, apesar de não haver uma data especifica para o decorrer da acção. Fui pesquisar e, através da data da vida do rei em questão, cheguei à conclusão que a acção deverá ser entre 1198 e 1249.

Gostei da forma como a autora criou Eveline (é também interessante a parte dos "agradecimentos") e tudo o que se passou à sua volta socialmente, denotando um grande senso de realidade perante situações em que algo é diferente. A autora explorou bastante bem a diferença de Eveline e como tal diferença fez com que o medo, a raiva e a hostilidade se instaure rapidamente e mine toda a unidade de um povo. A forma brutal com que Eveline foi tratada pelos membros do clã de Graeme e também, com menos brutalidade, pelos membros do seu próprio clã. A narrativa mostra como essa hostilidade pode despoletar acontecimentos que acabam por fugir das mãos daqueles que os começaram.

Dito isto, só posso referir que espero ler mais livros da autora e continuar a seguir as aventuras dos clãs das Terras Altas. Bom romance sensual, sem situações despropositadas, com bastante romance, escrito de forma fluída e simples, e ainda cheio de personagens que não deixam os leitores indiferentes. Um livro agradável e com uma capa muito sedutora!

Editora: Saída de Emergência

NOTA (0 a 10): 9

sábado, 21 de fevereiro de 2015

A Ascenção de Júpiter



Depois de ver os trailers, as imagens e ouvir a banda sonora, só podia ir ver o filme. Com um ambiente muito prometedor, com efeitos fantásticos, cores magníficas e uma banda sonora poderosa, do mesmo autor da banda sonora de Star Trek, este era um filme que muita curiosidade me despertou. Pareceu-me então estar perante uma bela história de Ficção Científica.


O filme conta a história de Júpiter (Mila Kunis), uma jovem filha de professores universitários de São Petersburgo (pai inglês e mãe russa), que acaba por ir para os Estados Unidos, ainda na barriga da mãe. Júpiter passa os dias a lavar casas de banho e a limpar casas de pessoas ricas, sonhando com o sonho de ter um telescópio para observar os astros. Tudo parecia normal, até que Júpiter foi atacada por um grupo de aliens, as sombras, que tentam atacá-la e roubar amostras do seu sangue para levar para aos seus amos, os descendentes da dinastia de Abrasax, que temem pela sua riqueza e domínio sobre da Terra, depois de conhecerem a existência de Júpiter, cujos genes são totalmente idênticos aos da mãe dos irmãos Abrasax: Balem (Eddie Redmayne), Kalique (Tuppence Middleton) e Titus (Douglas Booth). Todos temem Júpiter, pois, sendo ela a reencarnação da mãe deles, ambos perdem a possibilidade de governar e continuar os negócios da família, uma vez que a mãe deles era contra tais negócios: colonizar planetas para mais tarde ceifá-los e obter, assim, o néctar necessário para viverem milhares de anos e poderem mudar de aspecto sempre que o seu corpo começar a fraquejar. Para apanharem Júpiter, os Abrasax conspiram de várias formas, que acabam por fazer chegar até ela um ex-militar com poderes de controlar o ar, de nome Caine Wise (Channing Tatum). Caine acaba por ter de salvar Júpiter por diversas vezes. Assim, Júpiter acaba por ter nas suas mãos o papel de salvar a Terra das ideias dos irmãos Abrasax.


Pois bem...aqui está um filme muito bonito. Visualmente é fantástico, com efeitos visuais maravilhosos, cores e imagens estonteantes e momentos de tirar o fôlego a nível visual. No entanto, senti falta de mais alguma coisa: de um enredo mais forte. Houve algumas pontas que ficaram demasiado soltas e tal não tinha a mínima necessidade, uma vez que o filme ainda tem uma duração um bocadinho grandita. As relações entre as personagens podiam ter sido melhor exploradas, principalmente entre Júpiter e os irmãos Abrasax. Em vez de haver tanto Caine Júpiter, podia haver mais Júpiter, Balem, Kalique e Titus. Teria sido muito mais interessante e muito mais poderoso. Senti a falta de ver mais vezes Balem no ecrã. Uma vez que é tão importante para o filme e um dos actores de maior renome nele, poderia ter muito bem aparecido muito mais...e também é das personagens mais interessantes. Se tivesse aparecido mais e de uma forma mais intensa e poderosa, poderia ter ficado muito melhor do que ficou. Só tenho estes aspectos a apontar, como não tão positivos. Por muito bonito e grandioso que o ambiente seja, há sempre a necessidade de grandes momentos de tensão entre as personagens, e senti a falta disso em relação aos personagens que referi acima. Ou seja, as relações poderiam ter sido melhor exploradas de modo a criar mais emoção e mais tensão nos espectadores.


No entanto, não é pelo que  acabei de referir que o filme não tem qualidade. Dos mesmos produtores de Matrix e de Cloud Atlas, o filme só podia ser bom. É interessante, tem alguns laivos de Steampunk, levanta questões éticas bastantes interessantes e arrepiantes, se for explorado em profundidade. Os actores estão muito bem, a banda sonora é poderosa, bem adequada a todas as partes. Há sempre acção, grandes momentos de habilidades espantosas e algum humor. Em suma, é um filme bom, que, apesar de poder ser melhor do que aquilo que é, tem imenso potencial, é uma boa história e agarra o espectador ao ecrã. Há em 3D e 2D. Vi em 2D, mas é daqueles filmes em que o 3D é bem utilizado, a meu ver, devido aos efeitos especiais e às belíssimas cores e ambientes.



Não tenham medo das criticas que por aí andam e vão ver o filme! É muito bom e  deixa sempre um leve mistério no ar.

NOTA (0 a 10): 9

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

A Espada da Verdade - A Primeira Regra dos Feiticeiros parte II, de Terry Goodkind

Na segunda parte desta obra esperava que continuasse ao mesmo nível, uma vez que é apenas metade do livro e não o segundo volume. E não me desiludi de modo algum, uma vez que este parte acabou por se revelar ainda melhor do que a primeira. 


Neste livro começa-se onde terminou o anterior: Richard e Kahlan a saírem do território do Povo da Lama, com um mar de aventuras à sua espera e imensos perigos à espreita. Assim, lá vão eles, na demanda para encontrar a terceira caixa de Orden até ao primeiro dia de Inverno, de modo a travar Darken Rahl.

Não me vou alongar em detalhes sobre o enredo, uma vez que, para tal, teria de contar demais e isso poderia estragar o prazer da leitura a quem não gosta muito de spoilers. Mas posso dizer que continuei a gostar imenso das personagens, do enredo e da excelente forma como o autor dirigiu os acontecimentos, de modo a proporcionar um final fantástico e cheio emoção e pontas soltas. Ou seja, tem o final perfeito para o primeiro volume de uma saga de Fantasia.

Como referi, as personagens continuam a transmitir carisma e carácter e aparecem novas personagens. Temos mais perspectivas da história através dos olhos de outras personagens, que acabam por trazer ainda mais prazer à leitura. Principalmente porque são personagens que fazem com que o leitor se emocione com a história, principalmente a nível da raiva contra estas ou então com de extrema amizade. Por exemplo, temos a princesa Violeta e a sua mãe, a rainha Milena, que são ambas destiladores de ódio. Mas também temos personagens como Rachel e Scarlet, que me fizeram sorrir bastantes vezes ao longo da narrativa. E depois temos Denna...

Denna é a personagem que mais novidade traz a esta parte da história. Sendo ela uma Mord-sith (faz-me sempre lembrar A Vingança dos Sith), o seu papel é caçar pessoas com capacidades mágicas e treiná-las para se tornarem seus capachos, a mando de altas identidades, em especial do Lorde Rahl, uma vez que as Mord-sith são originárias de D'Hara. Depois de Rahl mandar Denna caçar e treinar Richard, Denna proporciona aos leitores momentos de pura violência, a todos os níveis. Comparando com As Cinquenta Sombras de Grey (que não li, mas já li muito sobre), os capítulos onde Denna é senhora poriam Mr. Grey a um canto. E confesso que essa parte do livro me fez alguma impressão, devido à forma real como o autor escreveu as cenas, onde abunda a violência. Fiquei um bocadinho constrangida e revoltada, porém, para o desfecho que a parte de Denna teve, tudo se justificou, e ela acabou por ser uma das personagens mais marcantes do livro, que mais me comoveu, a dada altura.

Gostei muito do final, como já referi, e como o autor entrelaçou diversos aspectos da história de modo a presentear os seus leitores com um final maravilhoso. É um final, que não sendo mesmo o final da obra, mostra a mestria do autor em estabelecer ligações pequenas e cruciais. Pareceu-me, a dado momento, que estava a ler um dos livros de Scott Lynch. E claro que isso pesou para o meu contentamento com a história e com o autor, uma vez que gosto imenso das histórias de Locke Lamora.

Em suma, gostei de tudo. Há muito mais acção nesta parte do livro, o que é normal tendo em conta o tamanho original deste. A velocidade a que a história avança também é maior e mais dinâmica. Os mistérios e alguns momentos de suspense e até algum terror, também se mantêm. Fica-se a saber mais sobre a cultura dos diferentes povos e também mais sobre a magia. Não podia ter sido melhor e fiquei satisfeita.

Espero que a Porto Editora continue a publicar por cá esta saga, senão será outra a seguir em inglês, pois vou querer saber mais sobre Richard e os seus amigos.

Podem ler a opinião sobre a primeira parte aqui

NOTA (0 a 10): 10

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Vencedor do passatempo No País da Nuvem Branca, de Sarah Lark

Olá! 

É com muito gosto que venho informar que já há vencedor do passatempo que esteve a decorrer até ontem aqui no blogue. Muito obrigada a todos os que participaram e continuem a seguir, porque, em breve, haverá mais! 

O vencedor foi:

30 - Tiago Mata

Muitos parabéns! 

Obrigada a todos e em especial à Editora Marcador, que tornou o passatempo realidade





terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

A Espada da Verdade - A Primeira Regra dos Feiticeiro parte I, de Terry Goodkind

Aqui está a primeira parte do livro A Primeira Regra dos Feiticeiros. Estava muito entusiasmada para o ler e mesmo com algumas opiniões mais negativas continuei a estar curiosa...e ainda bem! 


O livro conta a história de Richard Cyper, um jovem guia de floresta que, depois de uma série de acontecimentos estranhos e medonhos, acaba por se encontrar perante uma difícil tarefa: ser Seeker (aquele que procura a Verdade). Ao encontrar e defender uma jovem misteriosa, Kahlan, Richard começa uma aventura para a salvação do seu povo, contra Draken Rahl, filho do antigo líder de O'Hara, que tentara quebrar todos os povos sob o seu jugo. Num mundo dividido em três por uma fronteira mágica, tudo começa a desmoronar-se e Richard tem de fazer tudo para salvar o seu povo.

Pode ser um tema muito batido na Fantasia. Muitas são as histórias cujo contexto é este: demandas para salvar o mundo de alguma personagem malvada. A premissa não é nova, mas a história é boa. As personagens são interessantes e bastante reais, nomeadamente as principais. É uma narrativa de viagem bastante fluente e rápida. A linguagem é limpa, os detalhes não são demasiados, mas na medida certa para que o leitor imagine o ambiente e as personagens. Portanto, por mais que possa parecer mais do mesmo, não é.

Quanto às personagens, gostei bastante de Richard e de Kahlan, cuja relação é bastante interessante. Os segredos de ambos estão sempre no meio, ali a tentar aparecer, mas sem nunca serem revelados, deixando o mistério no ar quanto às reacções das personagens e aos segredos em si. Há um mistério à volta das personagens que me é muito agradável. Também as personagens secundárias são bastantes completas, harmonizando toda a narrativa, aparecendo nos momentos mais relevantes e relevando-se fulcrais para o desenrolar da narrativa.

Senti um ambiente de mistério e de algum terror em determinados momentos, especialmente aquando de certas aventuras perto da Fronteira, isto devido às intensas descrições da atmosfera desses momentos. Este factor entusiasmou-me bastante, uma vez que intensificou ainda mais a narrativa.

Há de tudo um pouco ao longo da narrativa: amor, amizade, terror, atrocidades, guerras, intriga, política, coragem, humor e perseverança. Ou seja, tem de tudo um pouco.

É uma história bem contada, com aventuras que deixam o leitor a perguntar por mais e a querer pegar no livro para ver o que vai acontecer, o que é sempre um incentivo à leitura!

Outro aspecto que muito apreciei foi o facto de existirem bastantes dilemas morais ao longo da história, em que as personagens têm muito com que pensar e reflectir, o que se relaciona intimamente com a realidade que as personagens demonstram.

O único reparo que tenho a fazer é sobre a existência de muitos "queridos" e "queridas", que, a meu ver, não eram muito necessários, pelo menos tantas vezes.

Agora é ler a segunda parte e esperar que mantenha o ritmo e a qualidade desta parte, o que espero que aconteça, uma vez que as duas partes são o livro todo. De referir ainda que as capas da edição portuguesa, das duas partes, são lindas.

Recomendo vivamente! Mais um livro de Fantasia que mostra tudo que este género tem para oferecer. 

Citações:

- Porque muitos precisam de ser escravizados para progredir - ponderou, com tristeza. - No seu egoísmo e ganância, veem as pessoas livres como opressoras. Querem um líder poderoso, que corte as plantas mais altas para que assim o sol possa chegar até eles, apenas porque acham que nenhuma planta deve ultrapassar o tamanho da mais baixa de entre elas. Preferem que alguém lhes proporcione uma luz que as guie, seja qual for o combustível que a alimente, do que acender uma vela por si mesmos. Alguns acreditam que o Rahl lhes sorrirá e recompensará quando vencer, daí serem tão cruéis quanto ele. Outros estão apenas cegos para a verdade e lutam pelas mentiras que ouvem. Há também quem descubra demasiado tarde que está agrilhoado. Pág. 197

NOTA (0 a 10): 10

sábado, 7 de fevereiro de 2015

Passatempo No País da Nuvem Branca, de Sarah Lark *Editora Marcador*

Começa hoje um novo passatempo aqui no blogue, agora em parceria com a Editora Marcador. O livro em questão é uma obra maravilhosa que eu já li e só tenho bons elogios a tecer. Portanto, aproveitem! Boa sorte a todos! 


Sinopse:

Londres, 1852. Duas raparigas empreendem uma viagem de barco rumo à Nova Zelândia e tornam-se amigas. Trata-se, para ambas, do início de uma nova vida como futuras esposas de dois homens que conhecem apenas por correspondência. É o começo de uma nova vida com homens que não conhecem. Gwyneira, de origem nobre, está prometida ao filho de um magnata da criação de ovelhas, enquanto Helen, uma jovem perceptora, parte para se casar com um fazendeiro. Procuram encontrar a felicidade num país que promete ser o paraíso. No entanto, as ilusões de ambas depressa se esfumam, principalmente quando descobrem que a sua amizade está em perigo porque os maridos são inimigos.

Gwyneira e Helen são mais fortes do que acreditavam ser e rompem com os preconceitos e as restrições da sociedade onde vivem, mas serão capazes de alcançar o amor e a felicidade do outro lado do mundo?
(Editora Marcador)

Podem encontrar a minha opinião sobre este livro aqui

Regras:

- participar até às 23h59 de 15 de Fevereiro de 2015;

- ser seguidor do Blogue aqui E no Facebook;
- partilhar o link do passatempo;
- ser residente em Portugal;
- só são aceites uma participação por pessoa/morada;
- apenas haverá um vencedor, que será apurado através do site: random.org.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

The Romance of Tristan and Iseult, de Joseph Bédier

Há muito que procurava ler esta obra. Vi o filme e conhecia o romance de ambos, mas queria muito ler a história, uma vez que faz parte das lendas arturianas e tem aquela magia que tanto me agrada. Foi agora que apareceu a oportunidade e só posso dizer que estou muito feliz.


Este livro conta a história de amor de Tristão e Isolda, amor esse predestinado a consumir os seus amantes de modo a que a sua história fosse bela e trágica. Perseguidos pelos seus, Tristão e Isolda lutam contra tudo e contra todos pelo seu amor. Uma bonita história de cavalaria, relacionada com a lenda arturiana, que para sempre trouxe ao mundo uma magia que invoca um tempo pleno de magia e maravilha.

A narrativa é bastante simples, é uma história pequenina, mas encerra em si uma beleza enorme, mostrando como a perseverança e a luta pelos nossos ideias, sonhos e objectivos é aquilo que nos move. Todas as batalhas, todas as tristezas, todos os desgostos podem ser vencidos pela coragem e pelo amor, e mesmo se não o forem, há sempre algo para além deste tempo e espaço, onde aguarda o prémio para aqueles que amam e mostram a sua coragem. É essa a grande mensagem da história, a meu ver e é isso que o amor entre estas duas personagens me transmitiu.

Esta é uma história de amor em si bastante desoladora, mas é impossível não encontrar a beleza que nela reside. É um hino ao amor e aos amantes impossíveis. Tristão está excelente. Juntamente com Lancelote e Artur, ele é uma daquelas personagens lendárias que mais me fascina, precisamente devido à sua história de amor com Isolda e à sua batalha por ela. Também Isolda é uma personagem bastante interessante. Filha dos reis da Irlanda, Isolda é uma bela mulher, nobre e altiva, que parte em rumo ao desconhecido para se casar com o Rei Marcos da Cornualha, mas acaba por se apaixonar por Tristão a meio da viagem. É, como quase todas as mulheres das lendas arturianas, uma mulher de força e carácter, que não desiste nem mostra fraqueza.

Uma história medieval, com tudo o que a Idade Média nos deixou: romances proibidos, batalhas, amizades, intrigas, traições, magia, mistério e muita coragem. Um hino ao amor e à cavalaria.

Existem várias versões desta história e eu li aquela que foi recontada por Joseph Bédier e só posso dizer que correspondeu às minhas expectativas. Recomendo a todos a sua leitura, sem reservas. É um livro pequeno, mas com uma história do tamanho do mundo. Existe o livro traduzido para português.


Citações:

Then, being with the Queen for the last time, he held her in his arms and said:
"Friend, I must fly, for they are wondering. I must fly, and perhaps shall never see you more. My death is near, and far from you my death will come of desire."
"Oh friend" she said, "fold your arms round me close and stain me so that our hearts may break and our souls go free at last. Take me to that happy place of which you told me long ago. The fields whence none return, but where great singers sing their songs for ever. Take me now."

"Peace...My lady sends me to prepare that shining house I vowed her, of crystal and of rose shot through with morning." 

Pág. 82

NOTA (0 a 10): 10