domingo, 30 de abril de 2017

A Bela e o Vilão, de Julia Quinn

Sinopse:

Libertino. Devasso. Debochado. Três adjetivos que podiam descrever Michael Stirling na perfeição. Bem conhecido nas festas londrinas, quer desempenhasse o papel de sedutor ou o papel de seduzido, uma coisa era certa: nunca estregava o coração. Ele teria até acrescentado a palavra "pecador" ao seu cartão de visita se não achasse que isso mataria a pobre mãe. 

Mas ninguém é imune ao amor. Quando a seta de cupido atinge Michael, dá início a uma longa e tortuosa paixão - pois o alvo dos seus afetos, Francesca Bridgerton, tem casamento marcado com o seu primo. Mas isso foi antes. Agora, Francesca está novamente livre. Infelizmente, ela vê Michael apenas como um ombro amigo - até à fatídica noite em que lhe cai inocentemente nos braços, e a paixão se revela mais poderosa e intensa do que o mais perverso dos segredos... (in Goodreads)


Opinião:

Este é o sexto livro que leio da autora e posso afirmar que gostei bastante, tal como gostei dos anteriores. Como já referi nas outras opiniões referentes a estes livros, volto a referir aqui muito do mesmo. Uma história interessante, cheia de peripécias, de romance, paixão e personagens interessantes e cheias de dilemas para resolver. 

Neste volume, o leitor acompanha a história de Francesca Bridgerton, casada com John Stirling. Uma das irmãs mais reservadas e introspetivas da família Bridgerton. No entanto, quando John morre, vê-se na incumbência de tentar encontrar outro esposo. O que ela não queria acreditar era que isso ia ser bastante difícil, especialmente com Micheal, primo de John, tão perto. 

Gostei de Francesca, de John, de Michael...enfim, das personagens todas. Têm carisma e personalidade, como todas as outras de Julia Quinn. As peripécias por que passam são muitas e os momentos de paixão, ainda mais. Aliás, na minha opinião, este livro é aquele onde a paixão e o romance, com descrições um tanto mais sensuais, aparece em maior destaque e pujança. Boa parte do livro é romance puro, com cenas um tanto escaldantes. Achei interessante, mas confesso que a dado momento começou a ser demais, porque foram um tanto repetitivas. Julgo que podia ter havido um melhor equilíbrio entre o romance e os outros momentos da história. 

Em relação à história em si, também gostei. No entanto, podia ter estado melhor. Podia ter sido um pouco mais forte em determinados momentos, ali no meio da história. Podia ter tido mais do que a grande quantidade de romance que teve. Isto pode soar estranho num livro deste tema, mas nos outros livros da autora nem sempre é apenas romance. Também há aventuras e outras emoções. Tirando isso, a história é muito boa. A autora arriscou num contexto mais denso, o que também se revelou diferente, dando outro ar à história. 

Quanto à escrita, é a habitual. Fluída, divertida, mas muito emotiva nalguns momentos. É uma escrita com o ritmo certo para o tipo de história, que faz com que o livro se leia num instante. As descrições, se bem que não muitas, são sempre relevantes e bem apontadas, com detalhes ricos e palpáveis. 

Em suma, mais uma boa história contada por esta autora que tenho vindo a apreciar bastante. Recomendo vivamente a todos os que gostam de um bom romance! 

NOTA (0 a 10): 9,5

sexta-feira, 28 de abril de 2017

Comics Star Wars: Clássicos 1, de Roy Thomas

Sinopse:

Contém as histórias:

1. Star Wars
2. Seis Contra a Galáxia
3. A Estrela da Morte!
4. Luta contra Darth Vader
5. Olhem, as Luas de Yavin!
6. Será Este...o Último Episódio?
7. Novos Planetas, Novos Perigos
8. Os Oito Campeões de Aduba-3
9. Confronto Num Mundo Desolado!
10. O Colosso do Mundo Subterrâneo
11. Busca Estelar!

A saga A Long Time Ago, publicada pela Marvel a partir de 1977, assinala o surgimento das personagens de Star Wars no mundo da banda desenhada. Esta série revive a emoção das aventuras galácticas originais e amplia-as com novas personagens e situações que nunca apareceram nos filmes, para deleite dos fãs da saga. Uma coleção imprescindível para os amantes de Star Wars e para os que ainda não conhecem o poder da Força.

Este volume inclui os issues 1 a 11 originalmente publicados pela Marvel Comics. (in Goodreads)


Opinião:

Um livro de banda desenhada que tinha há algum tempo na estante e que foi ao encontro das minhas expectativas. Gostei, pois sabe bem voltar a esta história. Os três primeiros filmes vão ser sempre os primeiros e únicos e, em banda desenhada, continuam maravilhosos. Toda a magia do universo Star Wars está ali presente. 

É possível ficar a conhecer algumas das personagens de forma mais "íntima" e detalhada, que não é possível através dos filmes, apenas. Também a história em si é muito boa. Depois de receber a mensagem enviada pelos rebeldes, a Princesa Leia tenta descobrir Obi-Wan, um dos antigos mestres Jedi, para ajudar na luta contra o Império e na destruição da Estrela da Morte, cuja falha foi descoberta e transmitida. Enquanto isso, Luke Skywalker parte para restituir os droids, C3-PO e R2-D2, a Leia, descobrindo Ben Kenobi pelo caminho. Han Solo, um pirata espacial, vê-se no meio da aventura quando Luke lhe pede para o transportar na missão, na lendária Millennium Falcon. 

Gostei muito de encontrar as personagens, em especial nos contos que se passam após a primeira parte e que contam histórias que narram acontecimentos entre Uma Nova Esperança e O Império Contra Ataca. Gostei especialmente desses, uma vez que não conhecia, ficando assim a conhecê-los e a ter uma perspetiva diferente sobre esses momentos da vida das personagens. 

Tendo em conta a história passada em Rogue One, faz todo o sentido voltar a ver Uma Nova Esperança. Ainda bem que li este livro depois de ver Rogue One, porque foi ainda mais especial e emotivo. 

As ilustrações estão muito interessantes, cheias de cor e vivacidade, indo ao encontro dos primeiros episódios da saga (a trilogia original). 

Uma história cheia de ação e aventura, que certamente vai agradar a todos os fãs de 

NOTA (0 a 10): 9

sexta-feira, 14 de abril de 2017

Nove Príncipes de Âmbar, de Roger Zelazny

Sinopse:

Âmbar é o único mundo verdadeiramente real. Todos os outros mundos, incluindo a Terra, não passam de sombras que de certa forma o imitam. 

Exilado na Terra desde há séculos, o príncipe Corwin acorda na cama de um hospital, sem memórias da sua existência passada. Gradualmente, descobre a verdade e é forçado a regressar ao mundo paralelo de Âmbar onde descobre que o rei Oberon, seu pai, é dado como desaparecido. Para ganhar o seu direito à sucessão do trono, Corwin terá de enfrentar realidades impossíveis forjadas por assassinos demoníacos, horrores inomináveis e os exércitos e fúria dos seus irmãos, os príncipes de Âmbar. (in Edições Saída de Emergência)




Opinião:

Não conhecia este livro, ou melhor, estas crónicas. Fiquei a conhecê-lo através da Saída de Emergência e tenho a referir que é uma excelente aposta da Editora. Uma obra de Fantasia com um toque muito especial e diferente. Penso que uma potente banda sonora de Rock daquele a ir para o Metal seria a forma mais fiel de o definir: uma balada Rock/Metal. E está excelente! 

Corwin é uma personagem excelente! Uma personagem complexa, forte, inteligente, charmosa, divertida e com um grande carisma. De facto, o único e melhor narrador que a história podia ter, um vez que fez com que a narrativa fosse uma delícia. Mas há mais. Todos os irmãos de Âmbar, os príncipes, são muito bons: cada um há sua maneira, todos diferentes e muito complexos. Gostei de todos os irmãos, em especial de Corwin. 

Como a própria Âmbar. Âmbar é o reino mais real que pode haver e todos os outros, incluindo a Terra, são uma mera sombra dele. Achei este contexto excelente, bastante original e audacioso. Tal como as diferentes formas de comunicação entre as personagens, em especial os Trunfos (cartas mágicas que representam a realeza de Âmbar e a própria Âmbar e que permitem a comunicação e transporte). É uma forma interessante de magia que aqui é encontrada para estabelecer diversas pontes ao longo do enredo. 

Tendo em conta a extensão dos acontecimentos e o enorme número de aventuras que acontecem ao longo da narrativa, esperava um livro maior, mais extenso. Percebo que a forma rápida e frenética com que a história é contada nas partes em que acontecem certos acontecimentos seja uma forma de dar ritmo à história, mas eu gostaria de ter lido mais sobre esses momentos (apesar de ter gostado deste ritmo). 

O autor deu dois grandes ritmos à obra: momentos mais introspetivos e pessoais para Corwin são mais lentos e detalhados, em oposição os momentos mais descritivos e longos, onde a ação é mais constante e diversa. É uma forma original de organizar os acontecimentos e a própria estrutura narrativa, que me agradou por ser diferente e uma lufada de ar fresco dentro do género. 

Outro ponto que me agradou bastante foi a ação constante, a escrita frenética, que permite uma maior velocidade na narrativa, e as personagens complexas e o mistério que as envolve. Espero que no segundo volume muitos desses mistérios comecem a ser desvendados, pois têm muito para oferecer! 

Não é muito possível referir muito mais sem contar aspetos  importantes e dar spoilers. Porém, referir que este é o começo de uma obra que promete deliciar-me é algo que me deixa satisfeita. Uma história bem contada, bem contextualizada, num mundo muito original e diversificado, repleta de personagens intrigantes e complexas, a juntar com um contexto rico em detalhes e história, é a junção perfeita e imensamente original. 

Humor, ação, mistério, muitas batalhas e uma busca incansável pelo poder são os ingredientes mais sonantes desta obra que vai fazer as delícias de todos os fãs do género Fantástico. Recomendo sem reservas. Espero que o segundo volume saía em breve! 

Quero, também, referir o excelente design, tanto a nível da capa como do interior. A capa é linda. 

NOTA (0 a 10): 9,5

quinta-feira, 13 de abril de 2017

Star Trek: Ongoing, Vol. 4, de Mike Johnson

Sinopse:

Hendorff

Neste conto, o protagonista é Hendorff, um membro dos engenheiros. Ele está a contar aos pais como está a ser a sua estadia na Enterprise, como se dá com o Capitão, com os colegas e como é ser membro dos engenheiros, acabando por contar algumas peripécias e uma aventura bastante interessante. 

Keenser's Story

Keenser, o eterno ajudante do chefe engenheiro Scott. Neste conto, o leitor tem acesso à sua história, conhecendo assim como é que foi para a Frota Estrelar e como conheceu Scott. 

Mirrored

E se os mundos paralelos fossem uma realidade? O que estaria a acontecer nas infinitas linhas temporais em simultâneo com a realidade? E se a realidade não passasse de uma linha de tempo, nenhuma delas sendo a verdadeira, mas sim, todas elas como reais e verdadeiras? Este é o tema de conversa entre Bones e Scott.

Assim, numa dessas linhas de tempo, poderia ser que Spock fosse o capitão, Kirk o comandante e a luta contra Nero tivesse tido outro desfecho. E se Kirk quisesse mais do que aquilo que parece querer e se tornasse num perigo para a Enterprise e para o Império?




Opinião:

Uma banda desenhada recheada de aventuras, ação e mistério. Os contos são todos fantásticos. Gostei de todos, mas, sem dúvida, Mirrored destaca-se imenso. 

O primeiro conto é interessante, pois dá-nos a conhecer o dia-a-dia na Enterprise pelo olhar de uma personagem secundária que não aparece muito. Dá-nos também uma aventura muito engraçada em que as personagens são surpreendidas por elementos bastante exóticos e misteriosos, o que é sempre bom de encontrar nestas histórias. 

O segundo também é muito bom. Keenser é uma das personagens mais misteriosas a bordo da Enterprise, uma vez que não fala, praticamente, é super inteligente e, por isso, misterioso. Gostei de saber sobre o seu passado e de como se tornou tão amigo de Scott. 

Quanto ao terceiro conto, tenho a referir que é o melhor dos três. Isto porque, além de ser mais extenso, apresenta uma história imensamente forte, com um enredo diferente, mais sombrio e perigoso. As personagens estão diferentes, mais misteriosas e estranhas. Nada é o que parece e isso torna-se um tanto assustador. Gostei de ver este lado mais sombrio, tanto da história como das personagens. E também apreciei a forma como a narrativa foi evoluindo. 

Tenho também a mencionar as belas ilustrações, que, tal como nos volumes anteriores, têm sido uma parte crucial de toda a narrativa. 

Em suma, mais uma excelente banda desenhada deste universo, que recomendo a todos os fãs! 

NOTA (0 a 10): 10

sábado, 8 de abril de 2017

Star Trek Ongoing Vol. 3, de Mike Johnson, Stephen Molnar e Claudia Balboni

Sinopse: 

The Return of The Archons

Neste conto, a tripulação da Enterprise vê-se numa missão à revelia da Federação. No planteta Beta III, supostamente, teria desaparecido uma nave da Federação há cem anos: a Archon. No entanto, a Federação nunca revelou a verdade e tal virou mito. Assim, ao passarem perto do planeta, Kirk e companhia decidem investigar. Sulu e um outro membro vão até ao planeta, acabando raptados. Então, Kirk, Spock, Bones e outro elemento, vão até lá para salvar os companheiros. O que eles não estavam à espera era de encontrar uma cultura medieval com um grande e poderoso mistério.

The Truth About Tribbles

Os tribbles são uns dos seres mais fofos da saga. Mas o que não se sabia era como tinham sido encontrados e em que circunstâncias. Neste conto, tal é desvendado. 



Opinião:

Gosto muito de Star Trek, especialmente da versão mais recente, e há algum tempo que não lia nada relacionado. Portanto, decidi continuar a coleção desta banda desenhada, cujos desenhos são excelentes e o enredo, igualmente. 

Tanto o primeiro conto como o segundo estão excelentes. 

O primeiro tem um enredo bastante forte, cheio de ação e mistério. A inspiração medieval e o mistério todo que embala esta aventura está muito bem conseguido. Muitos perigos e conspirações fazem desta aventura, uma das mais interessantes da saga. As personagens também estão muito bem, como seria de esperar, uma vez que são o grande motor. Kirk e Spock continuam uma dupla cheia de adrenalina e emoção, com Bones à mistura para fazer tudo ficar ainda mais engraçado. Gostei da forma como a história evoluiu. 

Quanto ao segundo, também está muito bom. Com um ambiente menos negro e mais descontraído, o Capitão Kirk e os seus companheiros veem-se numa confusão que é bastante engraçada e que serve de introdução e explicação para a existência das famosas bolas de pelo que aparecem de vez em quando nos filmes e séries. Gostei do clima descontraído e bem disposto que a história apresenta e também de ficar a saber mais sobre os tribbles. Claro, as aventuras continuam a ser muitas, bem como os perigos que vão aparecendo às personagens. Portanto, é mais um conto cheio de emoção e ação. 

Todos os desenhos estão fantásticos, tendo os ilustradores feito um excelente trabalho para que o leitor se sinta como um dos membros da tripulação da Enterprise. 

Assim, recomendo a todos os fãs de Star Trek e àqueles que gostam de FC! 

NOTA (0 a 10): 10

terça-feira, 4 de abril de 2017

Illusionarium, de Heather Dixon

Sinopse:

Jonathan é filho de um famoso médico em Fata Morgana (uma bela cidade aérea). Quando uma misteriosa doença (Venen) começa a atacar as mulheres em Arthurise, incluindo a Rainha, o Rei vai até Fata Morgana para pedir ajuda ao pai de Jonathan. Para salvar as mulheres será apenas preciso desenvolver a cura, em conjunto com a médica mais famosa de Arthurise: Lady Florel. E a cura passa por usar um misterioso ingrediente, o fantillium (uma substância que provoca ilusões). 

Quando Jonathan vê a mãe, a irmã e a sua amada ficarem doentes, começa a querer desenvolver a cura a todo o custo, mesmo que para isso se veja enredado na maior confusão da sua existência: a ida para Nodn'ol, uma espécie de Arthurise alterada e louca, onde há um duplo de todos os habitantes de Arthurise e onde impera a ilusão e a mutação: as pessoas estão a fragmentarem-se e a ganharem vários olhos, bocas, dedos e por aí. 

Assim, Jonathan tem como objetivo tentar encontrar a cura e salvar-se a si mesmo, a sua família e todo o povo de tais cidades. 


Opinião:

Há muito tempo que queria ler este livro. Não sei se foi pela capa, se pela sinopse...porventura terão sido ambas as razões para o meu grande interesse na sua leitura. Foi uma experiência bastante interessante.

Gostei do livro. Sem dúvida, a capa é belíssima e todo o seu design interior também. Sendo eu grande apreciadora de Steampunk, e havendo alguns laivos deste ao longo da obra, lancei-me totalmente neste mundo: uma espécie de Londres ou outra cidade por lá perto (Fata Morgana, uma cidade aérea século XIX). A Inglaterra é agora Arthurise e por lá flagra uma epidemia de uma doença que só ataca as mulheres: Venen. Ora, cabe ao filho do médico mais famoso de Fata Morgana, Jonathan, e ao seu pai, a honra de ajudar a mais famosa médica de Arthurise, Lady Florel, na luta contra esta doença, sendo que o Rei vai até Fata Morgana, no seu zepelin gigante e maravilhoso, pedir-lhes ajuda, uma vez que a Rainha ficou doente.

Ora, a premissa é excelente e a promessa de aventuras, ação e muita emoção está lá. Também gostei das personagens, apesar de achar que podiam estar muito melhores, isto é, mais complexas, ricas e adultas. Por vezes, senti um excesso de reações desfazadas da realidade nos comportamentos das personagens: por vezes reagiam um tanto demais, outras de menos, e por vezes não havia uma relação entre as suas ações e os acontecimentos que as despoletavam. Isto fez com que a história ficasse um tanto infantil, o que podia ter sido evitado se a autora tivesse optado por criar personagens com atitudes mais maduras e mais reais.

Outro aspeto bastante interessante prende-se com o mundo criado. A autora conseguiu criar um mundo bastante rico e cheio de interesse, bem imaginado. Todo o ambiente envolvente, a imagem visual que é possível estabelecer...tudo isso promove um excelente contexto para a história. Também a reviravolta que acontece quando Jonathan vai parar a Nodn'ol (uma Londres completamente arruinada, onde as pessoas se estão a transformar e a alterar o seu aspeto de uma forma grotesca e bizarra, onde as pessoas são uma versão arruinada das suas homonímas verdadeiras, onde as leis são completamente estranhas e a rainha é uma outra Honoria, uma versão dantesca de Lady Florel) e vê o seu objetivo de descobrir a cura para a doença de pernas para o ar, está muito interessante.

Também gostei de ver alguma relação entre Steampunk, a lenda do Rei Artur e a História de Inglaterra.

Em relação à narrativa em si, esta é feita a um ritmo frenético, com tantas e tantas reviravoltas que a dado momento dei por mim a pensar: "Vá lá... soluciona isto..."

Não é mau, uma vez que é sinal que o enredo tem vários caminhos. O problema é quando as peripécias são muitas vezes iguais e óbvias, deixando o leitor aperceber-se do que deveria ser uma surpresa ao longo do enredo. Ou seja, a história podia ter sido melhor desenvolvida, no sentido do seu contexto (o mundo criado podia ter sido explorado de uma forma mais calma e mais profunda), bem como também podia ter deixado mais espaço para o relacionamento entre personagens e a própria conclusão, que acabou por ficar um tanto apressada. 

A linguagem utilizada é bastante simples e fluída, permitindo uma leitura rápida e emocionante. As descrições estão muito boas, o que permite imaginar muito bem o mundo criado pela autora. 

Em suma, este é um livro muito interessante e engraçado, com imensas reviravoltas e personagens engraçadas. Porém, podia ter sido todo ele, nas suas diferentes componentes, melhor explorado: personagens, enredo, contexto. Recomendo a todos os que gostam de uma bela aventura! 

NOTA (0 a 10): 8